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Vamos falar sobre pressão alta?

Atualizado: 24 de mar. de 2023



A pressão arterial é o valor da pressão que o sangue gera sobre as paredes internas dos vasos sanguíneos do corpo. Os vasos sanguíneos são responsáveis por levar o sangue do coração até outros órgãos do corpo.


A pressão alta, ou hipertensão arterial, é uma doença caracterizada pelo aumento crônico dos valores da pressão arterial acima de 140 mmHg por 90 mmHg. Por não causar sintomas na maioria das vezes, com o passar do tempo, pode gerar alterações em órgãos como coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos, principalmente se não tratada adequadamente. É uma doença muito prevalente em todo o mundo.


Geralmente é uma doença primária, ou seja, não há uma causa específica, e diversos fatores contribuem para seu surgimento, mas ela também pode ser secundária a outra doença e/ou medicamento - e por isso a coleta da história clínica, do histórico do paciente, a idade de surgimento da doença e outros sintomas associados ajudam o médico a suspeitar de uma hipertensão secundária e avaliar a necessidade de solicitar exames adicionais.


Alguns fatores que aumentam o risco de pressão alta são: genética, idade (o envelhecimento gera artérias mais rígidas), sobrepeso e obesidade, dieta rica em sódio, sedentarismo, consumo elevado de álcool, apneia do sono, dentre outros.


Por ser uma doença assintomática na maioria das vezes, é recomendado o seu rastreamento, com medidas da pressão arterial em todas as consultas médicas ou com profissionais de saúde devidamente capacitados, pelo menos anualmente. Para o diagnóstico de pressão alta são necessárias pelo menos duas medidas, e idealmente a pressão deve ser aferida também fora do consultório para afastar condições conhecidas como hipertensão do jaleco branco (pressão alta no consultório e normal fora dele) e hipertensão mascarada (pressão normal no consultório e alta fora dele). Para isso, existem exames como o MAPA de 24h (Medida Ambulatorial da PA por 24h por aparelho automatizado) e o MRPA (Medidas Residenciais da PA de acordo com protocolo específico).


O tratamento adequado da pressão alta faz parte da prevenção de doenças cardiovasculares no futuro (infarto, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, etc). O tratamento envolve tanto medidas não farmacológicas (mudanças do estilo de vida) quanto farmacológicas, na maioria das vezes.


Entre as mudanças do estilo de vida recomendadas estão: reduzir o consumo de sal na dieta, perda de peso (em caso de sobrepeso/obesidade), reduzir o consumo de álcool, parar de fumar e se exercitar pelo menos 30 minutos/dia ou 150 minutos/semana.


Várias medicações podem ser utilizadas no controle da pressão arterial se as medidas não farmacológicas não forem suficientes para controlar a pressão, ou se a pressão estiver muito elevada no momento do diagnóstico. Não existe uma única medicação de escolha para o início do tratamento, por isso uma avaliação médica é fundamental para definir o melhor tratamento e realizar o acompanhamento regular da pressão.


No acompanhamento de pacientes hipertensos, é fundamental manter suas consultas em dia para a avaliação periódica da pressão - assegurando níveis abaixo dos recomendados de acordo com idade e outras doenças presentes, além da avaliação de exames complementares que podem ser indicados de acordo com sintomas ou tempo de doença.


Cuide bem da sua pressão e procure um cardiologista de confiança!


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